Por muito tempo existe uma árvore
no meio da floresta.
Uns dizem que esta árvore é a mãe
da natureza,
Outros dizem que é brotada a
partir do brilho-do-sol.
Os galhos desta são tortos,
Nem finos nem grossos, são o
suficiente para a sombra dos animais.
Suas raízes se apresentam por
cima da terra como se quisessem chamar a atenção.
E ela consegue!
Os animais são muito
imaginativos!
Basta que a grande árvore balance
um dos galhos ou aponte uma das raízes
Para logo acreditarem eles estar
ela brincando e acariciando seus gostos e seus olhos,
Tranquilizando...
Acredita-se também, falaram, que
esta árvore está apodrecendo,
Que seus galhos estão corroídos a
tal ponto de quebrarem com o vento e chuva...
Ainda não se sabe se aguentará o
sopro natural esta fortaleza de sombra.
Aliás, sabe-se que dela tiraram
mudas e plantaram em vários outros lugares da
floresta,
Porque já pensam no pior, no fim,
no tombo...
Os animais, a propósito, muito
espertos plantaram logo dez ramas em cada buraco,
Dizem que é pra certificar a “boa
nascença”.
Lavram, regam e louvam o broto...
Que grande honra é para eles
cultivar aquilo que por eles foi arrancado!
Sentem-se como donos da grande
árvore, cuidando de sua geração futura...
“Em pensar que ela nem queria
mais que fazer sombra!
Não queria mais que sentir o
vento em suas folhas,
Nada mais que pertencer à grande
e majestosa natureza reformulante”.
Eles?
Eles nem pararam pra descansar!
Estão afoitos com seus
instrumentos nas mãos
Fazendo buracos por todos os
lugares...
Sabe o que me parece?
Que o querem eles nada tem a ver
com cultivação daquela árvore,
Querem mesmo é deleitarem-se em
suas próprias sombras!
Isso faz parte dos seus
instintos!
Afinal, eles são muito
imaginativos...
Vez ou outra, agora, depois que as
pequenas começam a atingir altura de “quase”,
Os animais se lembram da grande mãe.
Aquela sombra, aquele barulho das
folhas, aquele tamanho, aquela brincadeira,
Tudo isso, logo estará para cada
um.
Enquanto isso, aqueles que
acreditam que é nascida pelo brilho-do-sol,
Por chegarem depois do nascimento
Têm o fim da sombra como certeza
e naturalidade;
Têm o seco do tronco como ponto
(...)
Como ponto de partida para o
oferecimento das folhas,
Que, pela demasiada imaginação
desses animais,
Servirão de adubo para aquelas
arrancadas, crescentes e futuras
Sombras de acolhimento e
inspiração.
Parece que, de esquecimento ou de
adubo servirá a grande árvore,
Enquanto ela mesma nem em serventia,
nem em memória vivia,
Quanto menos dirigia aos
múltiplos desejos dos animais
A sua vontade de vida.
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