A
palavra me corroeu a boca,
Sedenta
e faminta.
A
palavra me provocou quando disse seu nome.
“Qual é
a tua?”
E eu
disse: eu não tenho.
Por que perguntas, eu disse.
Ela
emudeceu.
Esqueci
que ela pode dizer silêncio.
A
palavra me enfrentou e levou a melhor.
Virou
as costas pra mim, orgulhosa.
Riu da
minha cara e desdenhou dos meus dedos e de minha boca marcada...
Palavra.
Pau na
palavra!
Nada.
Brincou
comigo e consigo, e ela pode...
Mas não
consigo nem que se fosse possível
Dizer o
que ela me disse quando tentei dizer.
Eterna
amiga inimiga...
Eterna.
Interna.
Silêncio!
Simples
palavra.
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