segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Malditos ratos benditos


Ultimamente não sei mais o que faço com esses ratos...
Além de me incomodarem com seus ganidos irritantes,
Estragam minha casa e roem minha paciência...
Ratoeiras?
Até mesmo as melhores já não dão conta...
Proliferam...
Pela sua crença de que quanto mais se espalham mais fortes são,
Fazem do meu lar um lugar invisitável.
Rolam pedras, restos e palavras por cima do forro...
Nos cantos cantam como se quisessem me incomodar...
Nas ruas se separam em grupos em busca da melhor comida.
Por causa desses ratos não posso deixar minha tela no cavalete...
Por causa desses ratos minha voz se sente diminuída e desafinada.
Por causa desses desgraçados ratos desesperados
A minha casa, a minha cidade, o meu mundo sentem-se corroídos e perturbados.
Se com armadilhas e venenos suas vidas se fortalecem e multiplicam,
Não tenho outra saída a não ser fazer roer uns aos outros...
E se sobrar um que derrame sangue pelo próximo,
Se é que aparecerá este roedor tolo,
Tenho certeza de que minha tela terá um acabamento especial em tom vermelho,
Como o último verso de um poema.

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